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Consumo de álcool na pandemia : dúvidas frequentes

23 Abril 2021

Confira as perguntas mais frequentes sobre a relação entre consumo de álcool e COVID-19, juntamente com as respostas cientificamente embasadas.

Já faz mais de um ano que a pandemia de coronavírus teve início no Brasil, e ainda há muitas dúvidas a respeito da relação entre consumo de bebida alcoólica e COVID-19. Muitos mitos seguem sendo compartilhados nas redes sociais, apesar de contradizerem evidências científicas e instituições de saúde renomadas. A própria OMS apresentou um conjunto de recomendações sobre “o que fazer e o que não fazer” durante a pandemia no que se refere ao uso de álcool.

 

Dado o atual momento da doença, mais grave e preocupante no país todo, é preciso combater com mais força a desinformação que permeia o tema. Com esse intuito, apresentamos dúvidas mais frequentes sobre a relação entre COVID-19 e uso de álcool, juntamente com as respostas.

 

Meu teste de COVID-19 deu positivo, mas estou sem sintomas. Posso beber?

Você não deve beber. Por ser uma doença infecciosa, cujo espectro clínico varia de infecções assintomáticas a quadros graves, prefira abster-se de bebida alcoólica neste momento. Lembre-se: o abuso de álcool pode diminuir a resistência do corpo a infecções, possivelmente provocando maior predisposição à COVID-19.

 

Beber pode ajudar a diminuir a ansiedade?

Apesar de poucas doses de álcool levarem a um relaxamento, beber não é uma boa estratégia para lidar com a ansiedade, e pode ser um sinal de alerta. Seu consumo abusivo pode aumentar sintomas de ansiedade, evoluindo para um ciclo perigoso.

 

Pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool podem ter um quadro mais grave da COVID-19?

Sim. O consumo pesado e crônico de álcool prejudica o sistema imunológico, tornando o corpo um alvo mais fácil para doenças, inclusive infecciosas, como é o caso da COVID-19. Além disso, pessoas com transtorno por uso de álcool podem apresentar outros problemas de saúde, o que as tornaria mais vulneráveis ou até poderia piorar a evolução da doença, por exemplo, no caso de Síndrome de Abstinência.

 

Para finalizar, reforçamos orientações gerais sobre o consumo de álcool durante a pandemia:

 

Condições de álcool zero continuam valendo: menores de 18 anos, gestantes, pessoas que vão dirigir, que apresentam alguma condição de saúde que possa ser agravada pelo álcool ou não conseguem controlar o seu consumo não devem consumir bebidas alcoólicas

Se você é adulto, fora das condições acima e opta por beber, não ultrapasse uma dose* por dia se for mulher ou duas doses por dia se for homem. Evite intoxicação!

Certifique-se de que crianças e jovens não tenham acesso a bebidas alcoólicas e aproveite a convivência mais próxima para conversar sobre os problemas associados à bebida e à COVID-19

Se faz uso de medicamentos que possam interagir com o álcool, mesmo remédios à base de plantas ou sem receita, não misture com bebidas alcoólicas. Isso pode reduzir o efeito dos remédios, aumentar os efeitos do álcool ou gerar reações perigosas

Ao trabalhar em casa, siga as regras usuais do local de trabalho e não beba.

E lembre-se: não compartilhe fake news, compartilhe informação de qualidade e embasada em ciência.

 

* Uma dose padrão equivale a 14 g de álcool puro, o que corresponde a 350 mL de cerveja (5% de álcool), 150 mL de vinho (12% de álcool) ou 45 mL de destilado (vodca, uísque, cachaça, gin, tequila, com 40% de álcool).

 

 

 

 

 

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