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A campanha Dry January ou Janeiro Seco propõe um mês de abstinência após as festas, quando costumamos exagerar um pouco. E, no caso dos brasileiros, antes do Carnaval.

Além da saúde física, já parou para refletir sobre sua relação com o álcool? Em que momentos você bebe?

Você e seus amigos só realizam programas regados a álcool? Você sabe quantas doses bebe em cada ocasião?

Assista nosso vídeo para entender mais sobre a campanha!

 

 

Você sabia que o consumo de álcool está ligado ao risco aumentado de diversos tipos de câncer, como fígado, mama e esôfago?

Assista ao vídeo e saiba mais sobre os impactos do álcool na sua saúde.

 

Como amenizar a ressaca?

Fevereiro 28, 2025

Não existem remédios para a ressaca, porém é possível sim amenizar os sintomas.

Além da quantidade consumida, seus hábitos também podem influenciar na gravidade da ressaca do dia seguinte.

 

Assista ao vídeo para saber mais! 

 

 

A forma como o corpo reage ao consumo excessivo de álcool pode mudar ao longo da vida. Contrariando a percepção subjetiva, que associa sintomas mais severos da ressaca a pessoas mais velhas, um estudo mostrou que a severidade e a frequência da ressaca alcoólica tendem a ser maiores entre adultos jovens, especialmente homens, enquanto pessoas mais velhas relataram sintomas menos intensos.

 

A ressaca é um conjunto de sintomas físicos e mentais que surgem após o consumo excessivo de álcool. Entre os principais sintomas estão: dor de cabeça, náusea, fadiga e sensibilidade à luz. Esses efeitos são causados principalmente por fatores como desidratação, alterações no sono, queda de glicose e acúmulo de substâncias tóxicas no organismo. Embora não exista cura para a ressaca, é possível amenizar os sintomas com moderação no consumo, boa hidratação e alimentação adequada. [Saiba mais em Série Tudo Sobre Ressaca]

A intensidade da ressaca também pode variar conforme gênero e idade. Pessoas mais velhas e mulheres tendem a sentir mais os efeitos do álcool devido a diferenças na metabolização, devido a fatores biológicos que tornam esses grupos mais susceptíveis a seus impactos. Jovens costumam metabolizar o álcool mais rapidamente, porém tendem a consumir em maior quantidade, o que pode agravar os sintomas. 

Contrariando a percepção do senso comum, que associa sintomas mais intensos de ressaca a ser mais velho, um estudo publicado na revista científica Alcohol and Alcoholism mostrou que adultos mais velhos (a partir de 40 anos de idade) relataram sintomas de ressaca menos severos em comparação com adultos mais jovens, mesmo após controlar a quantidade de álcool consumida.1 

O estudo foi conduzido com mais de 7 mil participantes de ambos os sexos (61,6% mulheres), com idades entre 18 e 94 anos. Os dados foram coletados através de questionários online, em que os indivíduos relataram seus hábitos de consumo de álcool, episódios de intoxicação, severidade das ressacas (avaliada em uma escala de 0 a 10), e frequência de ressacas no último ano. A concentração estimada de álcool no sangue (eBAC) foi calculada considerando peso, sexo, quantidade ingerida e tempo de ingestão. 

Os resultados mostraram que tanto a severidade quanto a frequência das ressacas tendem a diminuir com o passar da idade, mesmo quando se considera a quantidade de álcool consumida e a concentração estimada de álcool no sangue (eBAC). Indivíduos mais jovens, especialmente os homens, relataram experiências de ressaca mais intensas. No entanto, à medida que a idade avança, as diferenças entre os sexos tornam-se menos relevantes. Observou-se também uma redução na percepção subjetiva de intoxicação entre os participantes mais velhos, o que pode contribuir para a menor severidade das ressacas neste grupo. Outro fator apontado foi a diminuição da sensibilidade à dor com o envelhecimento, o que pode explicar a percepção mais branda dos sintomas de ressaca em pessoas mais velhas.

Embora o estudo indique achados relevantes sobre a relação entre a idade e a intensidade da ressaca alcoólica, algumas limitações devem ser consideradas. O uso de dados auto relatados pode ter introduzido viés de memória e subnotificações por parte dos participantes. Além disso, por se tratar de um estudo com delineamento transversal, os dados foram coletados em um único ponto no tempo, o que impossibilita estabelecer relações de causa e efeito entre as variáveis analisadas, ou seja, apenas associações podem ser observadas. A concentração de álcool no sangue foi apenas estimada, e não medida diretamente, o que compromete a precisão dos resultados. Fatores importantes como o tipo de bebida ingerida, hábitos alimentares, qualidade do sono e predisposição genética não foram controlados. Por fim, a amostra pode não refletir adequadamente a população idosa mais vulnerável, uma vez que a coleta de dados foi realizada exclusivamente de forma online.

A pesquisa demonstrou que a experiência e a percepção subjetiva da ressaca alcoólica variam ao longo da vida, sendo mais intensa e frequente em adultos jovens, especialmente do sexo masculino. No entanto, é bom frisar que os achados deste estudo são limitados às percepções dos sintomas da ressaca nas pessoas avaliadas, e que não dizem respeito diretamente aos efeitos do álcool no organismo. Em outras palavras, pessoas mais velhas relatarem sintomas mais brandos não significa que o álcool produz menos efeitos nocivos para elas. 

 

 

 

Você sabia que misturar analgésicos com álcool pode causar efeitos colaterais graves, como danos ao fígado, sonolência excessiva e risco aumentado de sangramentos?

A combinação é especialmente perigosa para mulheres e idosos, devido à maior sensibilidade do organismo a essas interações.

 

Assista ao vídeo e saiba mais!

  

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