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Pesquisas básicas têm buscado entender os mecanismos de ação tóxica do etanol no fígado e pesquisas avançadas tentam explicar os efeitos causados por moléculas presentes nas diferentes bebidas alcoólicas e que também podem trazer consequências para a saúde.
Entre os diferentes tipos de cerveja existem variáveis (como sua composição, cor, sabor e componentes) que dependem do tipo de torrefação ao qual os grãos são submetidos. Na produção de cervejas escuras, por exemplo, os grãos de malte são torrados mais intensamente que na produção de cervejas claras. Há dados evidenciando que o consumo maciço de cerveja está relacionado a aumento de câncer coloretal.
Torrar o malte pode resultar na produção de compostos procarcinogênicos, ou seja, produtos tóxicos responsáveis pelo desenvolvimento de alguns tipos de cânceres ou substâncias que após o metabolismo no fígado podem se transformar em substâncias carcinogênicas.
O álcool, por si só, atua diretamente sobre as células hepáticas induzindo ou reprindo a expressão de enzimas que podem transformar os produtos de metabolismo do álcool em substâncias carcinogênicas.
O álcool e os produtos da queima dos grãos da cerveja possuem produtos químicos que interagem com as enzimas hepáticas, entre eles alguns tipos de flavonóides e longas cadeias alcoólicas (por exemplo, propanol, butanol e isopentanol) que podem levar ao aparecimento de algum tipo de câncer.
Este estudo avaliou a exposição de ratos a cervejas claras e escuras, administrando o álcool diretamente no trato gastrintestinal dos animais. Após 21 dias de tratamento, os fígados dos animais foram retirados e através de avaliações imunológicas, constatou-se a atividade dos compostos tóxicos e do álcool presentes nas células.
O trabalho concluiu que os produtos do metabolismo hepático variam de acordo com o tipo de cerveja consumida.